Feito á mão <3 Feito á mão <3 Feito á mão <3 Feito á mão <3 Feito á mão <3 Feito á mão <3 Feito á mão <3 Feito á mão <3 Feito á mão <3 Feito á mão <3 Feito á mão <3 Feito á mão <3 Feito á mão <3 Feito á mão <3 Feito á mão <3 Feito á mão <3

Danielle Cirilo, Dani, é designer de moda que transita entre o universo da arte, do desenho, das cores, das formas, da decoração; com cunho comercial forte, devido sua atuação profissional. 
Sua necessidade de criação transcende cenários, indo do design de interiores até o corpo, vestido de cores. Domada por sensações e pela bagagem das suas vivências pessoais. 
Quase sempre começa assim, né? Uma mistura de decepção, de necessidade, de anseios e de vontades.
Suas raízes nordestinas trazem o trabalho manual forte, do êxodo rural para a selva de concreto, onde nasceu. Criada na grande capital, com espírito tropical.
A máquina de costura não trouxe apenas a função de tecer, mas foi ganha pão de sua avó baiana que, por muitos anos, pôde sustentar sua família como mãe solo. Protagonista.
A Misturê não nasceu por acaso. Ela vem banhada de ancestralidade, talento e disciplina.
O cuidado na escolha de cada peça, a sintonia com fornecedores e a produção sem pressa, com atenção nos detalhes e respeito às referências culturais de cada viagem. Seja viagem sem sair do lugar, debruçada num livro, ou viagem ao nordeste, onde sua conexão chama forte.
O lugar da criação é onde finalmente descansa. Onde a persona comercial, do trabalho, sai de cena e as interferências das obrigações vão embora. Respira e cria, natural como as misturas do seu berço, leve como os laços e abraços em quem se gosta. 

~ Tudo misturado. E assim veio a Misturê. ~

A Misturê nasceu no Carnaval. Após uma demissão inesperada, a necessidade bateu na porta. A criação que os antigos empregadores queriam guardar na gaveta, voltou a ser usada sem hora e lugar. Toda hora é hora, pois os boletos não esperavam. A produção de acessórios para carnaval cresceu, mas a pandemia chegou. Pausa. 
Atualmente, a mensagem da Misturê é clara: Carnaval. Será mesmo que todo Carnaval tem seu fim?
Um mundo de fantasia, onde tudo é possível. 
Onde o julgamento vai dormir e a festa não tem fim. Onde a alegria tem morada. 
A máscara das convenções sociais é despida e a fantasia da nossa expressão própria vive intensamente, o ano todo. 
Slow fashion com propósito e custo justo. 
O feito a mão eternizando o Carnaval e criando as máscaras que realmente desejamos usar.


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Texto por Alba Moraes: amiga, cliente raiz da Misturê e redatora publicitária <3